Aquele que saía de bombacha remangada e pé no chão, intercalando singelas “canariadas” com os gritos da recolhida!
Assim que, dos pagos de São Sebastião, foi surgindo mais um cantor terrunho, o Gustavo Martins.
Cantor este, que entrega toda a sua alma para a letra, com tamanha sensibilidade e respeito, vivendo e sabendo o que canta!
Quem sabe?... Por estar defendendo algo que exalta desde “a barriga”, como: As sangas, os matos, as campereadas, marcações, bolichos, gineteadas, dias de rodeios, enfim... O CAMPO!
Cantor este, longe das falsidades ideológicas e de uma história utópica! Mas sim, perto dos verdadeiros criadores de uma maravilhosa cultura de décadas, séculos: Os finados, os avós, OS GAÚCHOS!!
E é por isso e por estes, que temos gosto de fazer um verso, dedilhar uma guitarra, compassando com as ilheiras de uma cordeona ao pé de um fogo de chão, para ouvir uma sonoridade autêntica, como se fosse empunhar uma lança e levantar o pingo na rédea, para verdadeiramente defender o que é nosso!!
Se teu CANTAR pede verso
Meu VERSO pede cantar...
Pois juntos, sabem expressar
A desejada afinidade
E a ti, cabe a verdade
De largar o DOM do peito
Com sensibilidade e respeito
Pra soltá-lo em LIBERDADE.
Rafael Xavier
Agosto de 2010 – Santa Maria
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