É um cantar que nasceu pelos corredores da fronteira, e há muito tempo é assim, andejar e andejar, distâncias que são encurtadas pelas patas de fletes, e relatadas aqui pelo linguajar próprio, de campo.

Aqui vamos relatar o que vivenciamos, sentimos e até os sonhos que nos rodeiam, a cada passo do flete destino de quando em quando firmamos os arreios do pensamento e paramos n'alguma porteira divisora de razões, daí que brotam as discussões, cada um defende suas origens, peleiam por algum ideal, mas não podemos esquecer de que andamos sempre "Compondo Rastros".

Cada um tem seu passado que cruzou, deixou "rastros", por isso temos que firmar a rédea do destino e seguir firme na estrada que escolhemos, é por aí o caminho que estamos "Compondo Rastros".


"Sou herdeiro dos caminhos,
Do rastro que me condena
Canto aqui as minhas penas
Colhidas por tantos pagos
Aroma de terra e pasto
Adoçado de sentimento
Que se mesclou aos ventos
Pra compor os meus rastros"



Carlitos da Cunha de Quadros

Santa Maria - 24/07/2010

Tempo Chuvoso


Radio Fronteira Gaúcha

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domingo, 8 de abril de 2012

Querência e fé.

Volto a entabular minhas palavras, no mesmo sentido e olhar sobre imagens de aspectos terrunhos 
de nossa gente, pátria, respeito a terra, querência e fé. 


Quantos caminhos por andar... mas mesmo longe sabemos que podemos alcançar um dia.
 As reflexões de tantos problemas que identificamos como uma perda em nossa trajetória, nos trará a coragem e o sabor dos frutos colhidos adiante, "Na benção do campo buscamos o abrigo", n'algum sorriso sincero as forças que refletem o viver. E o respeito - o espelho da alma, florescendo o que à de melhor em nossas vidas- 


Fui benzido no galpão, Por picumã e fumaça
Herdei meu sangue, minha raça ... E hoje me faço eterno...
Para mim e para os meus, Um regalo peço a Deus:
É ser puro feito pedra ou fortaleça meu cerno...

E constatar nas rendilhas que não se aprende na força...
...A mente de cada um, é um mistério... e se desvenda.
E algum que não aprenda pelos tirões do mundo
...Um sentimento profundo Surge de quem se lamenta.

Frente ao altar do campo, velando o clarão do  dia,
Da sanga bebi poesia que escorre em meu cantar!
E em cada desencilhar, n’algum olhar fogoneiro,
Me revela por inteiro, os motivos pra sonhar...

Está no canto altaneiro do "tajã gaucho" emplumado
Que canta em algum banhado as precisões de guardião
E aqui estou em oração na hombridade do canto
No versejar que me acampo, Apeio, e peço perdão.

No sacramento da aurora, benzidos pelo sereno
num potro mouro que enfreno já avistando o caminho.
Se trago um yuyo de vida pra adoçar meus amores
E levo Deus junto ao peito, jamais andejo sozinho!


Gustavo Martins- 
08 de abril de 2012





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