É um cantar que nasceu pelos corredores da fronteira, e há muito tempo é assim, andejar e andejar, distâncias que são encurtadas pelas patas de fletes, e relatadas aqui pelo linguajar próprio, de campo.

Aqui vamos relatar o que vivenciamos, sentimos e até os sonhos que nos rodeiam, a cada passo do flete destino de quando em quando firmamos os arreios do pensamento e paramos n'alguma porteira divisora de razões, daí que brotam as discussões, cada um defende suas origens, peleiam por algum ideal, mas não podemos esquecer de que andamos sempre "Compondo Rastros".

Cada um tem seu passado que cruzou, deixou "rastros", por isso temos que firmar a rédea do destino e seguir firme na estrada que escolhemos, é por aí o caminho que estamos "Compondo Rastros".


"Sou herdeiro dos caminhos,
Do rastro que me condena
Canto aqui as minhas penas
Colhidas por tantos pagos
Aroma de terra e pasto
Adoçado de sentimento
Que se mesclou aos ventos
Pra compor os meus rastros"



Carlitos da Cunha de Quadros

Santa Maria - 24/07/2010

Tempo Chuvoso


Radio Fronteira Gaúcha

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

PALAVRAS PARA MIM MESMO... OU NÃO...



Bueno... Escrevo esta linhas, nem sei pra quem, se pra mim, se para os que perdi, aos que nunca ganhei. Só sei que escrevo porque tenho essa mania de ter que expressar as coisas que sinto. 
 Sigo escrevendo porque percebi que meu mate, que é um grande amigo que tenho por aborrecido se lavou, de tanto escutar causos e penas. 
Mas não posso negar esses anseios, preciso dividi-los, nem que seja contigo caderno velho. 
 Eu raciocino desta forma: "Ao expressar os seus pensamentos é que se dá a liberdade a quem escuta", ou lê, no caso, de também exteriorizar os seus...

Se a vida é uma escola, tenho consciência de que não cruzei pelo primário ainda,- E olha caderno velho, que ja aprendi um punhado de coisas. 
Dentre elas, aprendi, que nem tudo é tão lindo, como se vê nos filmes e nem tão dramático e triste, como se lê nos noticiários. Estes extremos existem, mas se pode conseguir viver entre eles, com um pouquinho de esforço.
Tenho tentado por na minha cabeça, que a felicidade é um fator intrínseco, de que não depende de mais ninguém, além de mim. Ela pode sim, se tornar mais completa, ou ser contagiada, pela felicidade dos outros, mas o determinante mesmo vem de dentro de cada vivente.
 
Todos nós, um dia, nos topamos, ou iremos nos topar, com situações em que a força para seguir, teve ou terá, de vir de nós, de nossos corações. Talvez, por nos encontrarmos sozinhos, ou por ninguém além de Deus, saber de nossos problemas, nossas angústias. Não que Ele não irá nos ajudar, ou seguir ajudando. Irá sim, mas com a sabedoria e a paciência para sair da “hora braba”. Não pensem que Ele nos trará coisas de mão beijada - bóia dada, só o Fome Zero - se vierem, não viram Dele. Por isso, faço um apelo, ajudem-se, peleem, levantem-se mais ligeiro do que caíram, saquem a polvadeira das pilchas e sigam em frente. A felicidade depende da busca da paz, que cada um de nós traz dentro de si.

Thomás Dias – Bagé, março de 2010.

Gentileza Foto: Bia Barcellos

Um comentário:

  1. lindas palavras Thomas..
    graciias por alumbrar este espaço
    e seja bem-vindo.

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